Matriz Buenos Aires

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sobre felicidade. (Parte II)

            Há uma grave ilusão sobre felicidade. Veja que quando me referia àquela felicidade acima, identificava a felicidade com coisas completamente exteriores e que eram capazes de nos influenciar interiormente. Felicidade não é algo que vem de fora para dentro, assim como todos os demais princípios básicos ao ser humano como o amor, o perdão, a paz etc. a felicidade está em nós independentemente daquilo que esteja fora de nós mesmos. Justamente por isto que a felicidade e o sofrimento podem coabitar o mesmo coração, fato muito comum neste mundo. As pessoas que realmente são felizes são aquelas que passam pelo sofrimento sem deixar de semear o amor, o perdão e a eternidade. Nosso grande problema com a felicidade é querer buscá-la arrumando as coisas exteriores, sem antes arrumar as interiores. Não há felicidade em corações desarrumados, feridos, sujos e rebeldes. Quando desejo a você a felicidade e lhe exorto a uma mudança de vida, estou naturalmente fazendo a mesma coisa, pois não há como ser feliz com uma vida interior detestável, ou que nos torna pessoas detestáveis. Refiro-me como detestáveis não à humanidade, pois as pessoas felizes também não agradam, mas à nós mesmos, onde inexiste afetos e sentimentos que colaborem com aquilo que somos. E mesmo no vazio, não deixamos rastros do bem.

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