Matriz Buenos Aires

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domingo, 26 de dezembro de 2010

Sobre felicidade. (Parte I)


             Feliz natal?
            Depois de questionar minha vida e minhas atitudes, diz que esta é a sua forma de desejar feliz natal?
            Você está doido?
            Acho que esta foi a reação de muitos dos que leram o post anterior intitulado: Feliz Natal de Jesus. É natural o questionamento sobre a forma estranha de desejar felicidade mediante a exigência e necessidade de uma postura melhor de vida. Estamos acostumados com uma noção de felicidade como um estado de vida onde tudo se encontra no lugar que sempre desejamos, possuímos aquilo que acreditamos precisar e nos sentimos completamente satisfeitos com nós mesmos e com os outros. Felicidade, por este conceito, é algo quase inatingível para os planos deste mundo e, com isto, muitos passam a lançar a felicidade para níveis superiores à vida, correndo o risco de se conformar com o pior de suas escolhas e procurar culpados no temor evidente de tê-lo em si mesmo. O olhar para a felicidade ganha uma distância tão grande que passamos a viver coisinhas bobas e fúteis que se encontram próximas a nós e que acreditamos serem satisfatórias, apenas ganhando sua verdadeira noção quando diante de algo melhor, ainda que não o suficiente para nossa dignidade. Muitos desistem, de uma forma ou de outro, a fatalidade diante desta dita ‘felicidade’ é quase inevitável se, no decorre de nossa história, não nos depararmos com a verdadeira felicidade e nos dispusermos a buscá-la. 

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