Matriz Buenos Aires

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Um convite a recomeçar! (parte III)


           O grande problema não está em errar, mas em acreditar que em erros estão acertos, em não enxergar as feridas que deixamos e não reconhecer que estamos destruindo e não construindo. O recomeço é vital em nossa vida, precisamos retomar a cada tropeço e buscar todo cuidado necessário para reconstruir o que se foi ao chão a começar do perdão. Nosso grande problema está em não recomeçar, não dar uma chance para dizer sim a luz de alerta que pisca mediante as dores que tentamos abafar e esconder dentro de nós. É querer passar a vida fugindo de si mesmo e, portanto, dos outros, pela mera incapacidade de assumir que errou e que erra e que precisará sempre retomar a luta por amar. É assumir que é gente, é pessoa, é ser humano e não Deus, pois gente erra, gente perdoa, gente pede perdão, gente busca o amor batalhando contra seus próprios egoísmos. No entanto, Deus já é todo amor, todo perdão, todo misericórdia, todo justo... Deus é todo bom. O trono da graça ocupado por Deus serve para que nos ajoelhemos e adoremos, reconhecendo aquele que verdadeiramente deve ocupá-lo, e não para que pretensiosamente, de forma completamente cega e inescrupulosa acreditemos que ele é para nós e nele sentemos, esperando que os outros nos sirvam como servem a Deus. Esta cegueira mata por completo e ainda neste mundo passamos a viver como verdadeiros zumbis que se alimentam da dor de outros. Uma grande descoberta que fiz é que, da mesma forma que podemos construir céus, podemos construir infernos.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Um convite a recomeçar! (parte II)


            Olhe-se no espelho. Tenha a coragem de tomar-se por única visão e veja como está construindo sua vida. Com que tramas esta escrevendo sua história e as marcas que deixa naqueles por quem passa? Pare de fugir, pois antes que imagine já não haverá como faze-lo, é uma regra de nossa natureza, colher aquilo que plantamos e não há nada que possa fazer para mudar isto. Seja no mínimo honesto consigo e responda como tem vivido, por onde tem andado, a quem tem traído além de si mesmo, o que tem dito que de verdade possui apenas o desejo de ferir aqueles que mais lhe amam? E lhe convido a recomeçar, recomeçar tudo, a voltar e aprender a pedir perdão àqueles cujo alcance já se tornou impossível a ti, mas possível a Deus. A olhar as pessoas nos olhos e poder sorrir sem exigir nada delas, pois, possivelmente, muitas delas não têm mais nada a lhe dar, mas precisam ser recuperadas por você. Convido a expulsar do seu coração todo este mal que lhe tira o ar e lhe pressiona o peito numa angústia mortal, levantar a visão e pedir a Deus uma verdadeira misericórdia. A misericórdia não lhe atingirá se não aprender antes a ser misericordioso, pois este é o ato mais verdadeiro de um ser humano que sabe quanto é dolorido ferir e ser ferido, portanto, ame uma vez que é amado pelo Amor. Não estrague mais sua vida, ela é a única que você tem, por conseguinte, também não estrague a vida de outros, estas também são as únicas que eles têm, pelo contrário, retome a dignidade humana no conduzir outros a seu valor real. Que sua vida erga a existência de tantos que nesta hora precisam de amor, que de seus lábios saia o sorriso e a paz que promove o perdão, a cura e o amor. Dê sentido a sua dor, cultivando o amor e permita que a verdade lhe torne uma pessoa livre.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Um convite a recomeçar! (parte I)


            Guerra jamais se ganha sempre se perde e não é pouco. São marcas da brutalidade a qual jamais fomos criados para fazer, mas que por engano da irracionalidade parece próprio do ser humano. É um indício evidente do quanto a soberba nos faz mal em oposição a humildade que sempre nos conduz a nosso verdadeiro lugar, lugar de irmãos, de amados que amam, lugar de gente e não de irracionais piores que qualquer animal. As guerras penetram nossos lares e nos fazem gladiadores de nossas próprias famílias, perdemos o respeito, o carinho e a sensibilidade com muita facilidade, logo nos tornamos estranhos habitando o mesmo lar por nossa teimosia de não decidir amar, de não decidir calar, de não decidir abraçar e perdoar. Cultivamos o rancor e somos incapazes da compaixão, de sentir o sentir do outro pelo egoísmo de se achar certo de alguma coisa, onde todo acerto se esvai pelo ato de desamar. Nesta formula desumanizada de existir vamos construindo nossas vidas e muito cedo nos pegamos reclamando da própria vida que temos, quando fomos nós mesmos que saímos plantando toda espécie de mal nas estradas de nossa história e que, por um ato de mágica ou de uma misericórdia dita divina, exigirmos colher qualquer coisa diferente do fel ou do inferno. Não, não é assim e jamais será.

Grande Guerreiro!


            Chega-me a triste notícia da perda de mais um grande guerreiro da Fé. Daqueles homens que jamais se aquartelaram na luta contra o mal, pelo contrário, sempre esteve no front de batalha, olhando o inimigo nos olhos. Grande Ministro de libertação e exorcista referencia internacional, o Padre Rufus Pereira exercia seu ministério de forma incansável e com amor marcante, jamais deixando de atender as pessoas que lhe procuravam atormentadas e angustiadas pelos males espirituais e ou mentais. Testemunho vivo daquilo que nossa visão física não nos revela, o Padre se fez instrumento da ação libertadora de nosso Deus, sem jamais negar as dores e dificuldades que esta batalha lhe causara, mas sempre fiel a sua missão eclesial, tornou possível aquilo que apenas o sacerdote exorcista podia realizar na vida de tantas e tantas pessoas. É lamentável sua perda nestes tempos cuja luta apenas se avoluma e precisamos de grandes combatentes, mas não ouso dizer que a Igreja Penitente fica mais fraca, pois estou certo que nosso Deus não permite qualquer enfraquecimento de sua Igreja neste mundo, contudo, afirmo com toda certeza que o Céu recebe mais um daqueles que podem dizer como São Paulo, combati o bom combate, guardei a Fé. Saudades ficarão do grande homem e sacerdote na certeza que o Senhor já proveu novos combatentes para esta área tão carente de nossa Igreja.
            Oportunamente rogo a Santíssima Mãe e Mestra dos sacerdotes por estes seus filhos prediletos para que vivam ardorosamente seu ministério. Clamo Esperança, Fé e Amor permanente no coração dos padres para que sigam com sua missão sem vacilar ou olhar para trás. Nós precisamos sempre dos confessores, dos diretores espirituais, dos celebrantes da Eucaristia, destes ungidos que tomam sobre si a pessoa do Cristo para libertar seu povo dos males físicos, mentais e espirituais. Guardai Mãe, o Padre Rufus e cada um dos sacerdotes da Igreja do seu Filho neste mundo e muito obrigado por tê-los conosco.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Gratidão (parte II)


            É! Neste dia chamado hoje tenho ainda muito para agradecer. Onde nasci. Como sou amado por aqueles que se fizeram deuses para que eu existisse e como também morreram para que vidas viessem por eles. Os meus, mas que são muito mais dEle que meus e, por isto, em alguma tempo não os terei mais por aqui, mas sou muito grato pelos dias que Ele me deu para ainda nesta etapa de minha eternidade poder viver. Aquela que me acolheu para ser uma só consigo. Quanto perdão, quanto recomeço, quanta fortaleza e quanto amor. Amar é sempre pedir perdão por saber que há ainda um melhor de mim que ainda não dei hoje, mas que logo também será seu. Perdão inclusive por ainda não ser o homem que Você me fez, mas muito obrigado por confiar que em breve estarei bem próximo disto e, como prova de sua confiança, depositar em minhas mãos muitas vidas especiais para cuidar, a começar por ela. Obrigado por aquilo que sou e por aquilo que preciso voltar a ser. Obrigado pelo nada que sou e Se fazer Tudo neste nada. Obrigado pela cura, pela libertação e pela Salvação. Obrigado pela dor, a Sua vivida por mim, mas também pela minha que me recorde, muito embora sem qualquer proporção, aquela Sua que deveria ser minha. Obrigado pela Mãe, e que Mãe, e como falar de tamanha perfeição em traços humanos, dando o ‘sim’ que me tirou do túmulo de volta a vida. Obrigado Mulher por ser minha Mãe, seu indigno e pobre filho. Gratidão por enxugar minhas lágrimas, por segurar minhas mãos, por consolar, dentre tantas e tantas coisas mais a agradecer, gratidão por colocar em mim o seu Divino Esposo. Gratidão é o que me faz perceber que este simples texto talvez jamais chegue a seu fim, mas que me faz entender que a gratidão pelo Eterno em sua própria existência, jamais terá seu fim.
            É, tenho muito a agradecer...