Matriz Buenos Aires

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Falando um pouco sobre oração. (Parte III)

            O terceiro passo vai passar por aquilo que fazemos em conseqüência da oração, escutar o Senhor é buscar uma vida prática de oração. A oração vai perdendo consistência na media que não alimenta a vida e não é alimentada por esta, entenda, lembro de um rapaz que certa vez encontrei vomitando no banheiro da academia, ele dizia que não estava bem porque comeu muito e quando foi fazer os exercícios estava muito pesado e forçou sua capacidade, então, não conseguiu segurar. Acredito que é mais ou menos assim que fazemos, pois nos alimentamos na oração de forma diferente daquilo que nossa vida exige e normalmente nossa vida exige muito melhor da nossa oração. Tenha uma vida rica nos sacramentos e pobre de futilidades, busque o sabor da confissão e sua maravilhosa liberdade, beba do fruto Eucarístico do Coração de Jesus na missa e rumine as palavras que estão em sua Bíblia e quando não entender lembre de seu livro base, o Catecismo da Igreja Católica. Se você sente dificuldade em viver desta forma não desista, apenas volte aquele segundo passo que falávamos há pouco. Há um sabor sem igual em viver os Sacramentos, em degustar a Palavra do Senhor, em viver uma vida de perdão e em vencer o pecado de cada dia apenas no Amor. Sei que de imediato pode não ser fácil, mas desde já entenda que seguir Jesus, ser cristão, principalmente Católico, é reproduzir em nossa pobre imagem a imagem de Jesus e isto jamais será fácil. Como dizia São Cirilo de Jerusalém, Jesus foi o Cristo de Deus e nós somos os cristos de Jesus. Não é fácil! Mas não é porque não é fácil que não seja o melhor. Na verdade, tudo que é realmente bom não é fácil e isto se aplica perfeitamente em nossa oração, pois não será fácil, mas será perfeito, muito mais que bom. A perfeição tem algo muito concreto no encontro entre nossa pobre alma com o Coração Amoroso de Jesus, e este encontro só se realiza pelas vias da oração, dos Sacramentos, da Palavra, da Igreja e, por conseqüência, da vida prática no Amor, na Fé e na Esperança.
            Sinto que preciso ser ainda mais claro. Quando recebemos nosso suado salário não o jogamos na lata de lixo, concorda? Pelo contrário, vamos contar cada centavo para dali tirar uma vida melhor para nós e aqueles que amamos. Só não entendo porque não fazemos o mesmo com a oração. Muito mais que nosso trabalho, a oração será bastante suada, teremos momentos muito difíceis para orar e se manter de joelhos, lágrimas virão e muitas só cessarão na Eternidade, mas junto com isto vem o maravilhoso salário da Graça, da presença de Deus, dos frutos e dons do Espírito. Passaria horas descrevendo os efeitos beatificantes da oração cujo valor não há moeda no mundo que pague, e talvez faça isto em breve, mas por hora chegamos onde precisamos. Portanto, na oração nos tornamos milionários de Deus, pois as graças, os frutos do Espírito e os dons são o salário do Céu, então, por que, em seguida, jogamos todas as Graças e Frutos e Dons no lixo? Você sabe muito bem que, quando pecamos ou agimos em desconformidade com a oração, com o Senhor e com sua Santa Igreja estamos jogando o salário fora. Se a oração orienta a necessidade de perdoar, comece já este processo, pois quanto mais profunda é a ferida, mas longo será o caminho, o que você não pode deixar de fazer é começar. Obedeça imediatamente aquilo que Ele lhe ordena, não tema, pois Ele sabe o que é melhor, não você.
            É preciso entender claramente este princípio básico deste passo. Não há oração que sobreviva a uma vida destoante. Se a vida destoa a oração não entoa. 

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