Matriz Buenos Aires

Matriz Buenos Aires

domingo, 20 de março de 2011

Gratidão. (Parte I)

            Tenho muito a agradecer a Deus. Ele é sempre muito cuidadoso e pedagógico comigo, mesmo nos momentos em que me trata de forma mais forte e até dura, jamais falta seu Amor. Obviamente não estou me referindo aos sentimentos muito menos de sentimentalismo, refiro-me a como Ele sabe se relacionar comigo, ainda que eu, em minha tão grande miséria, não saiba por muitas vezes me relacionar com Ele. Sou suportado e amparado e cuidado e conduzido... por Ele. Sei que está bem aqui comigo, mas não O vejo, não O sinto ou não O toco sem a Fé, mas sei, e tem Se feito conhecer. Jamais precisou de mim, mas me faz utilíssimo em seus planos, dando-me a te um Carisma específico e próprio. Sobre isto, tenho então ainda muito mais a agradecer, pois me deu verdadeiros irmãos. Pessoas que cuidam de mim, que fomentam amor em seus corações por mim e que emprestam a Ele suas vidas para que Ele melhor esteja na minha. Por muitos destes sou desafiado a me aproximar do Seu Amor para ser melhor em amor também para eles. Muito falho sou nesta tarefa, contudo, isto se faz mais um grande motivo de gratidão, uma vez que Ele muito me espera pacientemente e inclusive através daqueles mesmos irmãos. Neste caminho de irmãos reunidos no Seu Coração, ganhei alguns filhos na Fé, passei a sofrer mais e a sentir mais, o que tem me tornado muito mais Seu e penso, de que outra forma trilharia os caminhos que me cabem? Como iria me enxergar tão bem a ponto de decidir que muita coisa em mim não deveria mais existir e Ele deveria sim ser mais em mim? Quando iria começar morrer para que Ele, então, vivesse? 

terça-feira, 15 de março de 2011

O Milagre da Missão.

            Um milagre aos nossos olhos. Pessoas voltando a sua dignidade, sorrisos sinceros de volta aos lábios, a esperança como ar que preenche os pulmões da existência, permitir-se ser humano sem se afastar de sua origem divina. É maravilhoso enxergar o olhar que volta a brilhar, pronto para doar sem esperar nada em troca. Quando os nossos próprios olhos recebem nova luz por se deixar brilhar primeiro, lutar primeiro, superar primeiro, mas ser somente ao encontrar com o outro que agora caminha junto por conhecer que primeiro fomos sendo últimos para que todos possam ser. Poder fazer parte desta união que não se finda se com ela realizarmos tudo aquilo para o qual fomos criados. O coração volta a bater e nas artérias volta a fluir sangue e não mais o podre fel de quem existia, mas havia esquecido de viver. É bom, é muito bom ter irmãos e conquistar novos, fazer da minha família parte de outros que ainda pouco nem conhecia e saber que com isto posso também ser daqueles. Livre para amar, perdoar e recomeçar, sem ter que para isto explicar ou justificar, pois esta é a verdade que restaura, liberta e desaloja os túmulos. Descobrir a tradução real do Amor que se conjuga com Fé e se vive na renuncia, mas não se obriga a ser prazer. Ou melhor, descobrir o prazer de ver homens e mulheres se darem as mãos por terem sua pureza restaurada no coração, voltar a ser criança, voltar a ser filhos, retornar ao lar de onde jamais deveríamos ter saído. É muito bom viver as vitórias, mas conhecendo bem as lutas e as derrotas que nos conduziram às conquistas. Saber que nosso adversário não é o irmão, mas é justamente aquele que muito deseja que acreditemos nisto. O milagre do recomeço, o milagre do perdão, o milagre do voltar a olhar e enxergar, o milagre de viver... o milagre da Missão.