Matriz Buenos Aires

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sábado, 18 de dezembro de 2010

Preciso entender uma coisa.

            Preciso entender uma coisa, o que faz um padre cantando pagode em show de grupo deste mesmo estilo musical? É para evangelizar? De que forma? O que o padre está fazendo que possa testemunhar Deus para aquelas pessoas? A letra muito mais ou menos de uma música? Que luz aquele homem está acendendo naquele lugar?
            Tenho escutado muitas coisas sobre a importância de ir até as pessoas para ser luz no mundo e sal da terra. Mas há algo a ser compreendido, algo muito importante para não dizer essencial, a luz precisa estar acesa para iluminar e se o sal perde o sabor não serve mais de nada. Refiro-me claramente aos capítulos cinco, seis e sete de São Mateus. Primeiro, existem tarefas na missão evangelizadora que não cabem a um padre e esta, de ser presença em todos os lugares, é uma delas. Como vem colocando os últimos papas em suas encíclicas, cabe ao leigo ser luz em ambientes onde o clero não pode nem deve estar. Naturalmente, nem todos terão o devido entendimento ao observar um padre em uma boate, por exemplo, ou em um bar e não será de se estranhar a falta de compreensão, pois os questionamentos são comuns. Isto irá se agravar se aquele padre não estiver salgando o meio onde estar, iluminando para o entendimento. Se um sacerdote está naquele lugar é para testemunhar e nada justifica a sua omissão no testemunho, ele precisa apresentar claramente o que naquele lugar e para aquelas pessoas é ou não de Deus, é bom ou não, edifica ou destrói, vivifica ou mata.
            Muitos dizem que Jesus esteve em diversos lugares com todo tipo de gente. Bem, Jesus era o próprio Deus que, apesar de todo homem, não corria em suas veias o vírus sedutor do pecado, portanto, isento estava do mal, até porque seu sim é sim e seu não é não. Contudo, jamais Jesus freqüentou um lugar para não acender sua Luz. Onde Jesus estava ele evidenciava as práticas de pecado e trazia à tona a necessidade de mudança de vida. Jesus jamais passou a mão na cabeça de um pecador por seus pecados, mas sempre indicava aquilo que não tinha comunhão com a vida que Ele oferecia para as pessoas. Justamente por sua Verdade inseparável do Amor que sua forma de amar foi odiada pelos homens e mulheres deste mundo. A verdade para Jesus é condição para o amor, bem como, a responsabilidade e o respeito, portanto, quando Jesus ama, ali coabita a verdade que evidencia o mal, a responsabilidade que desinstala do pecado e o respeito à vida recebida que exige coerência a partir de então. Desta forma, a pessoa que encontra com Jesus inicia uma nova caminhada, agora não mais por suas estradas, mas pelos caminhos dEle.
            Agora me responda, que verdade, responsabilidade e respeito estes padres populistas estão apresentado àquelas pessoas? Quem, após escutar o religioso cantando com o traficante mudou de vida e passou a combater o entorpecente? Ou, quando uma só pessoa foi tocada por Deus ao assistir o homem da batina, sem batina, cantando com o sensual vocalista chamado de gostos pela ‘mulherada’? Eita, será que era para o da batina que gritavam? É, como faz falta uma batina. Como era diferente aquilo que o Léo fazia, ali sim era um padre. Saia e ia até os piores lugares, não para se conformar aos lugares, mas para extrair dali jovens que estavam se drogando e se prostituindo. E ainda vem um outro querer se comparar ao Léo, coitado. Quando de sua história, padre artista, surgir uma Bethânia, então se refira ao Léo, mas por enquanto você é medíocre.
            Leigos, reflitam a Luz do Senhor com todo ardor. Iluminem as trevas dos recantos deste mundo para que os Sacerdotes Católicos enxerguem que há Luz onde eles não podem ir. Cantemos como a Toca: sou reflexo...

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