Matriz Buenos Aires

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Pela igualdade de direitos

                Como exigir igualdade, quando não se dá igualdade? Defender a inclusão, quando se exclui? Onde fica a tolerância, quando se é intolerante? Acredito que haja um principio básico nisto tudo que precisa ser o respeito mutuo. Não será agora que terei a alegria de falar amplamente sobre o respeito, este fundamento básico do amor e da existência humana, venho agora fazer um critica. Sim, quero criticar a forma como esta rede de televisão desrespeita as diferenças de opinião em favor de seus próprios propósitos.
                Posso não concordar com algo ou alguma atitude, entretanto, isto não me dá o direito de ser desrespeitoso com o contrário. Não tenho o direto de atropelar pessoas ou costumes que não possuo a compreensão ou simplesmente discorde. Se não fere a dignidade humana, toda cultura exige respeito, a liberdade religiosa, os costumes e hábitos de um povo. Vivemos um tempo onde se apregoa o direito de pessoas optarem pelo seu sexo, muito embora seja bastante gritante e agressivo a fisiologia humana, tem-se dado este direito as pessoas e, muito embora não concorde e acredite ser uma afronta a dignidade das próprias pessoas que assim vivem, isto não me faz superior a elas e não será o desrespeito que colaborará com a tomada de consciência que acredito precisarem. Pelo contrário, à medida que nossas diferenças se aproximam, torna-se possível a compreensão de realidades distintas. No entanto, tenho visto a tv do plim plim apresentar diversas matérias que atropelam o respeito entre culturas, opiniões e, inclusive, religiões.
                Qual o problema do uso do véu nos países islâmicos? Que saiba não é o véu que faz o terrorismo, mas o mesmo desrespeito praticado por esta emissora, que se outorga o direito de criticar o diferente. Qual o problema do diferente? Tenho encontrado em nossas ruas hábitos estranhos cuja prática em nada sou a favor, como uso de tatuagens, pregos atravessando partes do corpo, agora tem um nome bonito – piercing, ou argolas que mas parecem pulseiras alargando as orelhas. Não vejo beleza ou algo favorável nisto tudo, o que não me permite ser desrespeitoso ou diminuir qualquer ser humano por esta causa. Se há o direito, ele é de todos e, começando pelas culturas e religiões, deve ser respeitado. Se a mulher islâmica usa o véu em sua roupagem cotidiana e os homens barba longa, qual é o problema? Precisamos respeitar. Se um homem decide se relacionar sexualmente com outro e isto deve ser respeitado, qual o problema se um homem decide não praticar o sexo em sua vida? Ou uma mulher? Isto diminui em que seu gênero ou sua dignidade? Portanto, deixem em paz os padres e freiras que nos dão elevado exemplo nas pessoas de Madre Teresa de Calcutá e Padre Pio de Pietrelcina, entre tantas outras e outros.

            Acredito que este é o centro da questão. Exigir respeito não atesta o ser respeitoso. Tenho visto uma minoria exigir que respeitem suas posições e opiniões, mas estes mesmos me parecem ser os primeiros a afrontar o direito alheio, quando deveriam ser os primeiros a dar um bonito exemplo às maiorias. A discordância não precisa ser discórdia, se assemelham quando os terrenos são invadidos. Quando se profana o limite do outro, a dignidade se retira e ganha vantajoso espaço a ignorância dos ébrios. Talvez seja muito simples, ou nós complicamos muito, ao pedir seus diretos, observe se não está invadindo o de alguém. 

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