Matriz Buenos Aires

Matriz Buenos Aires

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O que é que tem? (Parte I)

"Já não me surpreendo com sexo na televisão, quem se surpreende deve estar em outro mundo".
Esta frase me marcou bastante estes dias. Escutei-a em conversa descompromissada entre amigos, mas me saltou aos ouvidos. É impressionante como somos tolerantes e nos conformamos com tanta coisa que não vale nada. Agora não é só comum sexo na televisão como as pessoas que não se acostumam com isto estão fora da realidade. Não só sou contrário à afirmação como sou combatente do conformismo. Aquilo que foi errado ontem, também o é hoje, aquilo matava no passado ainda o faz hoje, o veneno de outrora ainda envenena nestes dias. O fato de se tornar corriqueiro ou comum em nada diminui o mal causado. Se hoje temos cenas de sexo em todos os horários, na maioria dos programas, para todas as idades, e em canais abertos, jamais invalidam os males que as cenas podem causar em seus telespectadores. Talvez muitos não saibam, mas inúmeras crianças são jogadas diante de cenas daquilo que o sexo não é, mas que ao vê-las grava naturalmente a mensagem distorcida em sua memória e podem sofrer larga influência não apenas em sua sexualidade.
O mesmo pode acontecer com qualquer pessoa a qualquer tempo. Apesar dos adultos se acharem mais protegidos por sua dita maturidade, o mesmo pode lhes ocorrer, porém, de forma diferente, mas não menos letal, pois a maturidade quase nunca protege no que se trata a sexualidade, mas expõe com mais força e freqüência, não enxergando o tamanho do problema, apenas sentido na carne, literalmente, suas incontinências, desequilíbrios e vícios. O Papa Bento XVI, na última entrevista que deu a Peter Seewald, conteúdo do livro “Luz do Mundo”, refere-se a uma doença ou vício que a humanidade tem vivido naqueles cujo ato sexual está fora da fidelidade e do matrimônio, além de práticas que descaracterizam o amor e o respeito. Oriento que escute a palestra que está disponível na barra lateral para entender melhor – “O Papa e os preservativos”. O problema é que sempre vem um: “o que é que tem?”. 

2 comentários:

  1. Experimente passar 15 dias fora da TV e com conteúdo restrito na Internet para você ver o quanto você não melhora como pessoa! Não sou afavor e nem me acho um moralista, porém hj em dia o edonismo beira o absurdo! Quando se existe contexto pode até ser aceito, mas o que vemos é pretexto para se diminuir a humanidade e ressaltar os ditos "instintos"!

    ResponderExcluir
  2. Concordo que a visão hedonista do sexo distorce o seu real significado e que a exposição disso em qualquer horário é extremamente prejudicial. Mas acho um tanto inevitável a falta de surpresa, afinal todos nós fomos de tal forma expostos ao mesmo mal que precisamos ser conscientizados para percebê-lo. De todo modo, não podemos nos acostumar.

    ResponderExcluir