Matriz Buenos Aires

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sábado, 8 de janeiro de 2011

Falando um pouco de oração (Parte V)

            Se nossa vida pertence a Deus, nosso dia precisa ter um bom momento somente para Ele. Este é nosso quinto passo e precisamos entendê-lo muito bem. Todos nós precisamos dedicar uma boa parte de nosso dia a oração, digo, no silencio de um cantinho de nossa casa ou na paz de uma igreja, precisamos nos recolher na presença de Jesus e ali fazer nossa oração, derramar nosso coração diante de Deus e deixa-lo falar e banhar nossa humanidade com sua sabedoria e misericórdia. Louvar, adorar e bendizer seu Santo nome, entregar nossas fraquezas, contar nossas verdades e levá-Lo às profundezas da nossa alma, interceder por aqueles que pedem nossa oração, por aqueles que devemos orar e também por aqueles que amamos, silenciar em cada momento que o Senhor precisar falar, calar nossos barulhos para que Ele silenciosamente fale. Isto é vital para nós e isto responde a muitas perguntas sobre porque não nos mantemos fieis e firmes no caminho para o Céu. É muito mais que alimento, é muito mais que uma necessidade, é condição humana, é como a lei da gravidade, é de nossa natureza, não vivemos sem oração. E você, então, pode estar si perguntando, como algumas pessoas vivem sem orar? Como as pessoas conseguem viver e até si dizerem felizes sem a oração? Dizer, podemos dizer qualquer coisa, pois, como já partilhamos, vestimos muitas máscaras que mentem sobre nós para nós mesmos, mas o que de fato ocorre é que quanto mais as pessoas e a sociedade foram se distanciando de sua vida mística, mais doenças psíquicas, espirituais e psicossomáticas foram se multiplicando. Inúmeras universidades espalhadas pelo mundo vêm ampliando as estatísticas sobre estes dados assustadores. As sociedades foram se tornando cada vez mais laicas e também cada vez mais doentes, pense um pouco, jamais se viu tantos casos de depressão, e esta doença nem existia, que se caracteriza por uma profunda tristeza que si entranha na alma, onde os hormônios perdem o equilíbrio natural e a felicidade nem de lembrança parece existir para os acometidos de tal doença. O que mais parece é que as pessoas foram deixando de viver para sobreviver. As relações parecem ser povoadas de zumbis e não pessoas, humanas, filhos de Deus. Sim, parece chocante e é, pois sorrimos quando o coração chora, abraçamos quando desejamos bater, falamos quando preferíamos calar, calamos quando deveríamos falar, procuramos e encontramos como pretexto para fugir. Viciamo-nos em mentir para quem jamais poderemos fazê-lo, para nós mesmos e para Deus. Somos muitos mortos vivos. Que labirinto infernal trilham as vidas que não têm espaço para Deus, ou ainda pior aquelas que dizem ter Deus, mas não o encontram na oração.

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