Acredito
vivamente na divinoajuda. Tudo que somos de bom e temos de bem provem dEle, não
que devamos nos acomodar e deixar Deus fazer tudo, mas entender que a ação de
Deus também está evidente em todas as capacidades que nos deu, mas que vem dEle
e que sem Ele não as teríamos, desta forma, devemos vive-las e pratica-las,
multiplicando os frutos de suas mãos. Se as coisas não vão tão bem, tenho a
coragem de dizer que os responsáveis somos nós mesmos, a começar do fato de não
deixarmos Ele, todo Saber, direcionar e decidir em nossa vida, se é que posso
chamar de nossa, quando na verdade é confiada por Ele a nós. Achamo-nos muito
capazes, quando a capacidade real inexiste sem Deus. Mas não quero ser tão
negativo quanto a isto – a autajuda.
Vejo nesta
palavra, neste ramo literário ou área de pesquisa psicológica algo de muito
importante. É notório que a autoajuda vem sensibilizando muitos ateus ou
agnósticos sobre suas realidades humanas e suas limitações existenciais,
quebrando lentamente a dureza dos fortes e aquecendo paulatinamente a frieza
dos pragmáticos. Isto é muito bom, pois naturalmente abre caminho de acesso a
Deus, a pessoa é reconduzida a esperança e esta é via direta para uma expectativa
muito melhor da existência, ultrapassando bastante o melhor prognóstico do
descrente que é a morte. O que na verdade lamento, é o que vem ocorrendo com
muitos leigos, religiosos e até sacerdotes que, tendo vivido em épocas não tão
distantes uma vida de oração, proximidade mesmo com Deus, ao em vez de
aprofundar esta espiritualidade, vêm se aproximando destes conceitos e noções
psicológicas da autoajuda e se distanciando de sua espiritualidade de outrora.
A vida em Deus é fundamental e nada pode substituí-la, pois Deus é Deus,
enquanto nós apenas seres humanos. Sem Deus nada somos. Parafraseando a mestra,
Deus é e basta!