Não tive a alegria de ver Pelé ou Garrincha ou Rivelino ou outros tantos gênios do futebol jogar. Mas tive grandes alegrias por ser um entusiasta do bom e belo futebol. Pude ver em campo um craque como Zico ou o Júnior no Flamengo, mas hoje foi um dia daqueles onde os apaixonados pelo bom futebol jamais queriam ver chegar. Talvez seja mais apegado ao talento e a beleza do jogo do que a times, por isto, lamento por demais a saída de Ronaldo dos campos. Claro que lamento muito alguns dos episódios de sua vida fora das quatro linhas, mas não é sobre sua vida particular que devemos nos deter, atentemos para o verde do gramado e Ronaldo ali como jamais outro será como diz o mestre Pelé. O melhor deste homem se passou em sua genialidade com a bola e na luta incansável de tardar esta separação inevitável. Quando todos afirmavam que não daria mais para continuar, ele nos mostrava que era possível sim, e não apenas continuar, mas dar o melhor de si. Arte, superação, dor, lágrimas, derrotas e vitórias muitas são palavras que indicam a grandeza de um guerreiro que aprende nas feridas a continuar cada vez mais forte. Olhemos para o Ronaldo que nos ensinou muito além de gols, belíssimo futebol ou grandes conquistas, ensinou a lutar sem desistir, a vencer partindo de derrotas terríveis e a ser sem jamais depender do que o mundo inteiro possa dizer, criticar ou duvidar. Os homens e as mulheres precisam lamentar menos suas derrotas e recomeçar logo a construir vitórias. Os campos de futebol perdem um de seus melhores representantes, mas nós o teremos sempre em nossas memórias e no exemplo do atleta guerreiro. Valeu Ronaldo e muito obrigado.
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