Hoje
quero partilhar com você sobre nossas fragilidades. Não me deterei naquilo que
evidencia nossa fragilidade, embora já as trago para sermos conduzidos a idéia
central. É a perda de quem amamos, é a perda da saúde, é a perda de nossas
seguranças... Estas tantas situações nos colocam diante do nosso nada. Não
podemos tudo, não suportamos qualquer coisa, não somos tudo aquilo que
acreditamos, somos fracos, limitados e bobos. Iludimo-nos com este mundo,
perdemos tempo com essas coisas coloridas, passamos pelas vidas e não ficamos,
e não deixamos o melhor de nós como memorial de nossa existência. Perdemos um
tempo precioso e quando percebemos tudo que conhecemos pode se acabar. Frio,
medo, dor e solidão se tornam nossas melhores companhias. Olhamos para trás e? E?
Aqueles
que jamais viveram o que descrevi, estão criticando severamente o que leram.
Contudo, todos nós um dia passaremos diante da lente que nos faz enxergar a
verdade sobre nós, logo poderemos ver como somos nada. Aos que sabem a que me
refiro acho que nos conhecemos melhor. Conhecemos o que está do outro lado e
nada podemos mudar, pois é assim, somos pó. Se não lançarmos bravamente o olhar
para nosso Deus, o vazio será nosso melhor amigo. Se não segurarmos fortemente
as mãos da Misericórdia, logo beijaremos a lona. Se não reconhecermos nossa
real condição, continuando na fantasia, se não clamarmos por compaixão, a dor
perderá a oportunidade de ser mestra e sempre será vilã. Se não alçarmos vôo,
passaremos a vida de migalha em migalha até que se sequem nossos terrenos. NEle
e somente nEle podemos algo. Seguir, continuar, ser aquilo que Ele nos confiou.
Com a mente no Céu, pés no chão e olhos na missão.
Rendo
aqui uma simples homenagem a Dona Lucy, minha avozinha, que a cerca de trinta
dias me deu a graça de voltar a passar diante da lente da verdade. Muito
obrigado meu Deus! Cuida dela.